“Bem-vindos ao futuro”, disse o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo, à chegada ao Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, a 11 de janeiro, para proceder à entrega dos certificados de participação da 1.ª formação da C-Academy - Formação Avançada em Cibersegurança, destinados aos primeiros 20 formandos, dos 9800 que se pretendem formar até ao primeiro trimestre de 2026.
A formação, que decorreu no Future Internet Lab do ISEL, responsável pelo desenvolvimento e reconhecimento académico da unidade de formação em Fundamentos de Redes de Computadores, insere-se no memorando de entendimento assinado com o Centro Nacional de Cibersegurança, em junho de 2022. Trata-se de um investimento PRR “alinhado com um dos objetivos estratégicos na estratégia nacional de segurança no ciberespaço que é formar talento para operacionalizar as políticas públicas”, como destacado por Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
A acompanhar o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo estiveram, o vice-presidente do Politécnico de Lisboa, António Belo, o presidente do ISEL, José Nascimento, o coordenador do CNCS, Lino Santos, o diretor-geral do GNS, Contra-almirante António Gameiro Marques, Nuno Cruz, docente do ISEL Nuno Pires, responsável da Segurança e encarregado de Proteção de Dados do Politécnico de Lisboa. O governante começou por destacar a relevância que a área da cibersegurança tem para as empresas e para o ecossistema mais alargado a que pertencem.
Mário Campolargo considera os formandos, oriundos de várias empresas e entidades, tais como a Zomato, a Epal, o INEM e a Câmara Municipal do Cadaval, entre outras, “agentes transformadores das empresas e do país”, importantes para que haja uma consciência coletiva da importância da cibersegurança.
Para o secretário de Estado, a colaboração entre entidades é “virtuosa”, no sentido em que permite à academia ir buscar pessoas com competências e mobilizar através do Centro Nacional de Cibersegurança e do Gabinete Nacional de Segurança, “as forças mais adjacentes a esta questão, e criar este programa de formação”, que considera pioneiro a nível europeu e que permitem uma “visão holística”.
Sobre a parceria com as instituições de ensino superior, Mário Filipe Campolargo diz ser “importante porque quem tem o conhecimento e a prática na academia pode transmiti-la e quem a recebe integra-a no contexto mais específico da sua empresa ou de área de negócio”.
O vice-presidente do Politécnico de Lisboa, António Belo, felicitou a iniciativa pela vantagem de apostar nos recursos qualificados na área da cibersegurança, instalações adequadas para este tipo de ensino/aprendizagem e a distribuição geográfica por todo o país, e agradeceu a confiança no IPL, através do ISEL, escolhidos para o arranque do projeto. “A nossa visão é o ensino, mas também a ligação e colaboração com a sociedade”, frisou António Belo quanto à importância da partilha de conhecimento.
Já José Nascimento, presidente do ISEL, aconselhou os formandos a dar continuidade à atualização de conhecimento em cibersegurança, cada vez mais necessário para “conseguimos vencer o futuro”.